Total de visualizações de página

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O PAJEÚ E SUA HISTÓRIA.

   RIO PAJEÚ.


353 km
Posição: O seu curso principal toma a direção nordeste-sudoeste, em seguida aponta para o sul, no sentido do rio São Francisco.
NascenteSerra da Balança
Altitude da nascente800 m
FozSão Francisco
Área da bacia16.685,63 km²
Afluentes
principais
Riacho do Navio,Pajeú Mirim,Riacho São Domingos.
País(es) Brasil



.


                             O Pajeú e Sua História

    • A REGIÃO
    • E SEU RIO
  1.  
    • O Pajeú está localizado no Sertão de Pernambuco, em área de 10.828 km2, que representa 8,78% do território estadual e com população de aproximadamente 300.000 pessoas.
    • O nome da região vem do nome do seu rio, que era chamado pelos índios de “Payaú”, ou “rio do pajé”.
    • O rio Pajeú nasce na serra do Balanço, em Brejinho , a uma altitude de 800m já nos limites com a Paraíba, e deságua no lago de Itaparica, formado pela barragem do São Francisco, depois de percorrer uma extensão de aproximadamente 353 km.
    • Os municípios totalmente inseridos na bacia do rio Pajeú são: Afogados da Ingazeira, Betânia, Brejinho, Calumbi, Flores, Carnaiba, Floresta, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo e Tuparetama.
    • O INÍCIO DA
    • OCUPAÇÃO
    • A ocupação da área que atualmente compreende o Sertão do Pajeú, pelo colonizador português, teve inicio a partir de meados do século XVI.
    • A 1ª interiorização destas terras se deu a partir de Salvador. Assim, percebe-se um fator característico dos habitantes do Sertão do baixo e médio Pajeú: povoado por baianos e não por pernambucanos.
              A povoação do alto Pajeú (cabeça do Pajeú) se deu pela Paraíba, num período mais tardio.
    • INDIOS,
    • PRIMEIROS HABITANTES
    • É preciso recordar que antes da chegada do colonizador europeu, povoavam nesta região várias populações.
    • Dos nativos destacam-se os tapuias-cariris , que habitavam largas porções do agreste e do sertão.
    • Durante o século XVI e XVII a maioria das nações de índios habitavam às margens do Opara (São Francisco).
    • Toda a região era chamada pelos portugueses de sertão ou “terras de dentro”.
  2.  
    • Outras tribos vieram para o sertão fugindo do litoral, sobretudo os Cariris, ameaçados pelos colonizadores que escravizava-os ou simplesmente matava-os.
    • No sertão estavam principalmente os nativos que falavam uma língua, segundo os Tupis, muito diferente da deles e por isso denominaram-lhe de tapuia, nome ofensivo que significa língua travada, bárbaro .
    • O termo passou a ser usado pelos portugueses.
    • Das tribos tapuias que temos notícias, através de documentos, relatórios e crônicas da época colonial
    • incluem-se os tamaqueus, koripós, kariri, paru, brankararu, pipipã, tuxá, trucá, umã e atikum.
    • Os tapuias pouco conheciam da agricultura, viviam como semi-nômades e tinham formas próprias de guerrear com tacape e lança.
    • Tinham o milho e o feijão como cultivos principais.
    • Usavam pouca cerâmica e não teciam; dormiam em estrados de madeira (jiraus).
    • Havia aldeia na margem do São Francisco que podia ter até mil moradores.
    • O índio (ou nativo) sofreu perseguição desde o início da colonização e teve no século XVIII seu extermínio quase total, através das bandeiras montadas para sua captura.
    • Os índios do sertão sofreram guerras ou por defenderem as suas terras ou por pretenderem desfrutar os gados das fazendas que se espalhavam por seu território.
    • Os índios que não foram mortos ou escravizados refugiaram-se em aldeias dirigidas por missionários, chamadas de MISSÕES. Outros procuraram amparo com homens poderosos abraçando suas lutas e servindo-lhes, tornando-se vaqueiros ou jagunços .
    • O indígena trabalhava forçado nas missões, ou como escravo nas fazendas de gado e plantações. Também nas casas como domésticos ou no trabalho de transporte.
    • O índio também foi cruelmente utilizado para guerrear contra outros nativos.
    • No final do século XVIII as chamadas “Guerras dos bárbaros” praticamente exterminaram na bala e no facão as nações indígenas que resistiam contra os invasores brancos. Do baixo sertão até a cabeça do Pajeú, nos limites com a Paraíba, os índios foram caçados e massacrados.
    • Com base em pesquisas nos livros de batismo e casamento das paróquias do sertão pernambucano, no final do século XVIII e no século XIX, os índios nativos (registrados em geral como “da silva”) que sobreviveram já aparecem miscigenados com negros e brancos e constituem a massa da população brasileira dos sertões, conhecida como os pardos ou caboclos. 
    • OS HABITANTES
    • DO PAJEÚ
    • A gente atraída para o sertão era em sua maior parte perversa , ‘ ociosa’ com aversão ao trabalho da agricultura’ , oriundos do litoral, entre eles muitos criminosos e fugitivos, que foram empregados nas fazendas de gado e nas guerras contra os índios do sertão.
    • Demonstravam natural inclinação para funções de combate e da lida com o gado, adaptando-se bem à vida rude do sertão. Documentos da época citavam que “ constituía toda a sua maior felicidade merecer algum dia o nome de vaqueiro”.
    • As fazendas multiplicavam-se com facilidade porque os vaqueiros não ganhavam em dinheiro mas em gado, em crias. De cada quatro animais nascidos, um era do vaqueiro.
    • Com o fim da guerra contra os holandeses, nos meados do século XVII, promoveu-se a distribuição das terras no Sertão “por grandes datas de sesmarias”, dadas aos seus ‘descobridores’ e/ou combatentes dos holandeses, que situaram fazendas de criação de gados, ou no cultivo das terras, fundando pequenos núcleos de população.
    • Margear os rios Capibaribe, Ipojuca, Pajeú, Moxotó, e São Francisco, eram as alternativas mais viáveis para se chegar aos sertões.
    • Nas margens desses rios se estabeleceram povoados, que posteriormente tornaram-se vilas e mais tarde, cidades.
    • Em meados do século XVIII, andavam pela região da “cabeça do Pajeú”, os tropeiros ou Almocreves, profissionais que se especializaram no transporte de mercadorias pelas longas veredas do sertão.
    • AS PRIMEIRAS LOCALIDADES DO PAJEÚ
    • Flores foi o primeiro núcleo populacional do sertão do Pajeú em 11/09/1783.
    • Porém, desde o fim do século XVII, já se encontravam indícios de ocupação branca na localidade.
    • Devido a uma lei de 1758, a distribuição de terras no sertão do Pajeú foi fragmentada em pequenas propriedades, devendo haver uma faixa de uma légua entre estas terras, a fim de usa-las para utilidade pública.
    • Destas terras devolutas, nascia no ano de 1788, o patrimônio de São Pedro das Lages onde hoje temos o município de Itapetim.
    • A Lei de 5 de maio de 1852 criou o município de Ingazeira, desmembrado de Flores.
    • Ingazeira tinha um distrito chamado de Afogados. Em 1892 o distrito foi transformado em Vila através de uma Lei Municipal, e finalmente em 1909 a Vila foi elevada à cidade, passando a ser chamada de Afogados da Ingazeira.
                                  E EM 1850 NASCE CARNAIBA, A PÉROLA DO PAJEÚ!!!
                                                          
Os primeiros registros históricos sobre Carnaíba datam do século XVIII. Neste período foram encontradas pinturas rupestres em pedras e furnas, feitas por índios, Caetés, os primeiros habitantes da região. No período monárquico houve o inicio da colonização e exploração das terras.
João Gomes dos Reis, fundador da cidade, chegou à região por volta de 1850, com amigos que tinham o mesmo intuito de descobrir terras novas, desconhecidas da corte, encantados com a beleza da paisagem local, fixaram-se nas terras. Já no local, João Gomes dos Reis, conheceu o também português, Tenente-Coronel Saturnino Bezerra, com o qual organizou a construção da capela de Santo Antônio. Em meados do século XIX, foram chegando os primeiros moradores, vindos do município de Flores e de outras regiões mais distantes, almejando terras férteis. Deu-se ao povoado o nome de Lagoa da Barroca, devido à existência de tal acidente geográfico. Porém desde cedo os visitantes a chamavam de Carnaíba, nome originado das carnaubeiras que existiam em todo o território do povoado. Somente na década de 1860, o nome Carnaíba seria reconhecido em uma solenidade religiosa.
Mas somente em 1890 seu nome tornar-se-ia válido perante lei. A partir deste período houve um intenso desenvolvimento econômico na agricultura, pecuária, e a criação de feiras livres, indústrias rurais de rapadura e farinha de mandioca, atraindo ainda mais moradores para a região. Diante deste desenvolvimento, Carnaíba seria elevada à categoria de Vila, através da Lei Nº. 04, de 29 de junho de 1893, com o título de Carnaíba das Flores. No período de 1900 a 1940, foram registrados fatos importantes: o desenvolvimento de atividades econômicas e religiosas, além do crescimento acelerado da população, de estabelecimentos comerciais e área arborizada.
Nesse período houve a fundação da Banda filarmônica, a iluminação pública passou a ser gerada por motor e surgiram as primeiras idéias de independência mobilizadas pelo Pe. Frederico Bezerra Maciel, que também fundou a Paróquia no dia 20 de maio de 1945. Em 29 de dezembro de 1953, pela lei Nº. 1.818, Carnaíba de Flores comemorou a emancipação política, tornando-se cidade e recebeu o nome definitivo de Carnaíba.
Nesta mesma data o Tenente Josias Vasco foi nomeado o primeiro prefeito do município, dando início ao calçamento das ruas e a substituição da arborização. Devido ao crescimento da população do município formaram-se dois distritos: Ibitiranga e Quixaba. Porém, em 1º de outubro de 1991, Quixaba desmembrou-se de Carnaíba, conquistando assim a emancipação política.


O município deve o seu topônimo à abundância de carnaúbas na região. O topônimo vem dos carnaubais da região. A palavra origina-se do tupi karana'iwa, "planta espinhosa".


Localiza-se a uma latitude 07º48'19" sul e a uma longitude 37º47'38" oeste, Brasil-Nordeste-Pernambuco-Sertão do auto pajeú estando a uma altitude de 485 metros. Sua população estimada em 2009 era de 19.155 habitantes e uma área de 437 km², fica a 400 km da capital Pernambucana.
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico inferior a 800 mm, o índice de aridez até 0,5 e o risco de seca maior que 60%.


Foi em Carnaíba que nasceu Zé Dantas grande compositor nordestino, conhecido por suas belas cançôes como O xote das meninas, Derramaro o gai, A Volta da Asa Branca, O forró de Mané Vito, Vozes da Seca, Vem Morena, Algodão, Cintura fina, Imbalança, Mané e Zabé, Minha fulô, Noites brasileiras, São João na roça, Paulo Afonso, Riacho do Navio, Sabiá, Samarica parteira, Siri jogando bola, Vem, Morena, Vozes da Seca, etc.
O cantor e compositor Daniel Bueno também é filho de Carnaíba. O músico já gravou com grandes nomes da MPB em 12 CDs lançados. Na fazenda de vovô, O filme, As coisas que deixei ali e Minha Saudade (c/Geraldo Freire) são músicas de destaque.






                                    FONTE: pesquisa google. 

                                                     LIO DE SOUZA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário