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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CULTURA POPULAR, A ARTE QUE VEM DA ALMA!!!

A ARTE NA SUA ESSÊNCIA!!!


                       TRADIÇÃO EM CARNAÍBA.


Os grupos folclóricos populares de Carnaíba carregam em si não apenas uma demonstração artística e plasticamente bonita, mas trás à tona, uma exposição muito especial, no que tange ao conteúdo e à qualidade musical e sonora dos artistas.
È interessantíssimo ter a oportunidade de ver e ouvir Gente que nasceu em grutas ou “Casas de Pedra” - como preferem chamar as primeiras moradias do povoado Quilombola do Caroá - demonstrar com uma confiança inabalável e uma beleza indiscutível, todo seu acervo de canções e melodias sonoras, transmitidos por seus ancestrais. 
Nota-se a influência do meio natural onde foram criados e vivem até hoje, na composição de gêneros e rítmos musicais.
- O toque dos pifeiros lembra uma disputa entre passarinhos, onde cada um canta uma “frase” e o outro tem que responder à altura, e ainda demonstrar maior criatividade e irreverência do que seu parceiro. Porém essa disputa não é falada e sim “cantada” nos Pífanos, que são como flautas de som agudo e limpo, justamente na tentativa deimitar o canto dos passarinhos que vivem ainda livres na região do Caroá. Os pifeiros são acompanhados por uma zabumba e um caixa, que dão ritmo às melodias. As musicas não se limitam a criações e composições dos músicos. Também são apresentados vários clássicos da musica nacional na versão “pifeira”. E nesta batida a festa dura a noite inteira, ou “A madeira deita” a noite inteira, como costuma dizer Dezinho do Pífano, um dos mais antigos pifeiros da região.
- Os tocadores de Côco trazem em si uma demonstração visual, musical e melódica muito interessante e diferente do côco que se conhece no litoral. O côco do Caroá é tocado apenas com dois Ganzás, instrumentos como o Chique-Chique, e a percussão vem dos pés
 dos dançarinos, que a todo instante impõem um ritmo e consequentemente uma melodia diferente aos cantores ou “puxadores” do coco. Além disso, os sons dos pés dos dançarinos remetem aos tambores do maracatu pelo seu peso e intensidade, criando curiosidade nos expectadores, que não acreditam que tal batida pode ser criada simplesmente com os pés.
- O Reisado é formado por um grupo de foliões, pastores e pastoras que se reúnem numa espécie de sítio, com o fim de visitar as casas das pessoas mais gradas e hospitaleiras da região, a cantar e a dançar. Tem como principais personagens: o rei, o mestre, o contramestre, Mateus, Catarina, figuras e moleques. 
As danças numerosas e variadas, como, por exemplo, a dança do gingá com o entremeio da mamãe velha. São interessantes pois são compostas por vários passos que feitos pelos participantes, e cada momento da apresentação exige uma organização diferente. A beleza do Reisado também está nos cantos dos reis, que comandam o episódio através de apitos e têm a honra de comandar a apresentação. Fazem parte da apresentação: A abrição de portas, Entrada, Louvação ao divino, Chamada dos reis, Peças de sala, As guerras, As sortes, Folharal, Zabelê, Sapo Cururu, Alma, Diabo e Miguel, que são vários momentos da apresentação e são compostos de danças e passos. Os cantos são acompanhados por uma viola e as chamadas são repetidas em coro pelas Catirinas.
- Os Bacamarteiros, tradição do município de Carnaíba comemoram as festas juninas, São João e Santo Antônio com dança, música e muitos tiros de bacamarte (espécie de rifle artesanal). O grupo é composto por vários participantes, entre homens e mulheres. As mulheres trajam chapéu de palha e vestido de chita, dançam sempre em círculo, enquanto os homens, que ficam atrás, vão disparando tiros de bacamarte, de acordo com o desenrolar da dança.







                                       LIO DE SOUZA.


                     pesquisa: LULA TERRA              

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